quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Recuperação já! Veja quais as medidas pedagógicas que podem ser tomadas pela escola nos casos em que o aluno fica de recuperação

Recuperação já! Veja quais as medidas pedagógicas que podem ser tomadas pela escola nos casos em que o aluno fica de recuperação 06/10/2011 15:20 Texto Anderson Moço e Camila Monroe
Recuperação... Qualquer um conhece o esquema: no fim do ano, a escola dá esta última chance aos que não alcançaram a nota mínima. E, durante duas semanas, esses alunos têm de rever todos os conteúdos (juntamente com colegas das demais salas) e, ao final, fazer uma prova. Quem tira nota boa passa de ano. Quem não tira é reprovado. Você acha que a recuperação funciona (só) assim? Esta reportagem indica um novo caminho - e mostra que é possível adotar uma concepção de ensino e de aprendizagem diferente da antiga visão de que, "se o estudante não sabe a matéria, o problema é dele". Ou pior: o problema é ele. Você, pai ou mãe, deve acompanhar o processo de aprendizagem de seu filho. Se ele apresentar problemas de aprendizado, verifique como o professor está lidando com as dificuldades dele e da turma e, se necessário, converse com o educador e discuta alternativas para a recuperação. Já é amplamente conhecida a premissa de que todos são capazes de aprender, sem exceção - e que cada um se desenvolve de um jeito próprio - e num ritmo particular. "Os professores sabem que a classe não responde de forma homogênea à apresentação de um conteúdo de estudo e que nem todos compreendem usando as mesmas estratégias cognitivas", explica Jussara Hoffmann, especialista em avaliação e professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O que fazer, então? Cipriano Luckesi, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), sugere a seguinte abordagem: "Se, ao verificar quem aprendeu o quê, o professor percebe que um ou mais estão com dificuldade, é preciso repensar as estratégias e materiais para eles". Ou seja, para quem acredita que ninguém vai ficar para trás, a única saída é fazer a tal recuperação sempre. Sempre significa durante todo o ano letivo. A chave do processo é avançar e retroceder ao mesmo tempo. Quem atingiu o esperado tem de continuar aprendendo. E os demais não devem ser abandonados, certo? "É preciso trabalhar as dúvidas em atividades, dentro da própria sala de aula, assim que elas aparecem, em vez de deixar que se acumulem", reforça Maria Celina Melchior, professora da pós-graduação em Educação e coordenadora pedagógica da Faculdade Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre. E mais. Como estamos em outubro, é perfeitamente possível que os professores coordenem esforços para fazer com que todos avancem. O primeiro passo do professor é diagnosticar, em detalhes, o que cada um sabe. Caso muitos tenham a mesma dificuldade: é hora do professor retomar o conteúdo de um jeito novo, pois a aula original provavelmente foi ineficaz. Se os problemas são diferentes, o segredo também é apresentar a matéria de forma a proporcionar aos que precisam a construção de outros caminhos. Uma boa estratégia, os especialistas garantem, é iniciar ou intensificar o trabalho em grupos. Além de incentivar seu filho, você pode avaliar o desempenho dos educadores. Uma boa dica é conhecer os métodos mais usados nas recuperações e, assim, identificar o que o professor do seu filho está fazendo para ajudar nas dificuldades dele. Confira algumas medidas que os professores podem tomar antes da recuperação final, para garantir que seu filho aprenda de verdade. * Matéria originalmente publicada na edição de outubro da revista Nova Escola, editada por Marcela Cataldi Cipolla para o site do Educar para Crescer

site educarparacrescer.abril.com.br

Professores acessem o site educarparacrescer.abril.com.br É um site muito interessante, com muitas dicas para professores. Vale a pena conferir